E os Livros?

O que seria o homem sem os seus livros. Tudo o que se conhece esta registrado neles: a história, a arque, a vida, os ensinos filosóficos. Seja qual a for a  área do ensino, humanas ou exatas, dependemos dos livros. Será que a humanidade tem este senso?

Se tem muito falado do neo-leitores e penso ser isto muito natural. Na verdade o homem sempre foi leitor, uma vez que ele escreve, e, se escreve é porque está para ser lido. Nisto tudo ainda imagino que de fato nós brasileiros bebemos muito mais cervejas ou refrigerantes do que lemos, isto se pensarmos na proporção do investimento financeiro. Sabemos que em termos de valores se produz e se usa muito mais cervejas ou refrigerantes do que livros. Os incentivos à leitura são parcos.

Assim como não se concebe profissionais tecnicamente despreparados e incapacitados, igualmente não se concebe faculdades e escolas sem as suas bibliotecas. Acontece que nem todos os livros das escolas, das faculdades não são lidos e nem todo profissional capacitado tem um investimento continuado em estudos.

Outro dia o ex-jogador Romário se gabava por ter encerrado a sua carreira marcando mil gols. E eu pergunto:

• Será que temos algum estudante que terminou a faculdade e no currículo tenha lido mil livros?
• Algum professor que você conhece já leu mil livros?
• Algum escritor já escreveu mil livros?
• Você já se desafiou para ler mil livros?
• Você tem ideia de quantos livros já leu?

Fato é que os livros foram concebidos para se propagar conhecimento, ensinar a humanidade a viver melhor e para perpetuar a sabedoria. Concluindo:

• Estamos viciados em televisão, Internet fútil e dormimos muito;
• Somos preguiçosos, gastamos mais tempo conversando à toa ou em entretenimento do que lendo;
• Gastamos grande parte de nosso dinheiro em coisas prazeirosas [...];
• E os livros? Compramos uns dois por ano e olha lá. Um deles é para o presente do amigo-secreto;
• Lemos muito pouco mesmo, até aqueles que deveriam lêem mais;
• Para salvar a pátria, existem poucos que lêem muito, e, temos muitos que lêem muitíssimo pouco. Esta é uma realidade ainda não lida.

Penso que a luz salvadora deva alumiar primeiro nas escolas, bem cedo. Depois trabalhar na nossa cultura o costume da leitura diária.

Att.,

Profº Francisco Netto